Sétimo Post – Parte 2 – Mosaico Bizantino

Com a invasão da Europa pelos Bárbaros, em fins do Século V   de nossa Era, desaparece  o Imperio Romano Ocidental.  As razões desta queda,  a história nos relata com  fartura, mas aqui estamos falando de mosaico e, se  Roma  cai em declínio, o mesmo não se pode dizer do Império Romano  Oriental.
Constantino, aclamado  imperador pelos soldados,   ocupa-se de organizar a parte Oriental do Império Romano, tornando-a uma monarquia absoluta.  Funda  uma nova capital em Bizâncio, cuja capital no ano de 330, passa a se chamar Constantinopla (atualmente:  Istambul).

Filho de Helena  de Constantinopla (posteriormente conhecida como Santa Helena), foi quem deu aos cristãos, a liberdade de praticar a sua religião.   Converte-se ao Cristianismo  e Teodósio, seu sucessor,  promove a unidade religiosa , condenando o arianismo e  o paganismo.
Com isto podemos  dizer que a arte bizantina tem como pilar  quase único, a religiosidade.  O mosaico sai dos pavimentos particulares e passa a ser largamente utilizado na decoração de  Igrejas e Catedrais por todo oriente.    A temática é sempre  religiosa.   A pasta vítrea, é o material por excelência do mosaico bizantino.
Creio que a maior características do mosaico bizantino, além do uso do vidro e do ouro,  é  a impassividade das figuras retratadas.
Apesar de riqueza dos detalhes e da profusão de coloridos, os volumes são  somente marcados, como se fossem  estilizados.   Os rostos são estáticos e , em alguns casos,   muito  difícil identificar  as figuras masculinas e as femininas com exatidão.

 

 

 

Sétimo Post – Mosaico Clássico

Mosaico  Greco-Romano

Considerados os grandes difusores das artes  em geral, os romanos  usaram como ninguém antes, o mosaico  como elemento decorativo de suas construções.  Pavimento inteiros foram  ricamente revestidos com tesselas de pedras.

No princípio, o mosaico foi utilizado como revestimento em pavimentos e somente   depois passaram a decorar as  paredes.   Os temas explorados, sempre pagãos,  eram cenas do cotidiano,  animais, caça,  figuras mitológicas e elementos geométricos que arrematavam   as cenas retratadas com   simétricas repetições.  A riqueza de detalhes varia conforme   as condições financeiras  do proprietário da vivenda: quando mais  elementos possuía o mosaico, mais rico é o proprietário.

É impressionante o naturalismo retratados nas cenas. A volumetria  dos corpos com todo detalhamento de expressões, dos  figurinos,  e da anatomia humana,  encontram-se amalgamados às tesselas do mosaico romano.

 

Um pouco de História – Post 3

A palavra mosaico, de origem grega, significa “obra paciente, digna das musas”. Na mitologia grega, as musas eram deusas protetoras das artes e das ciências. “Obra paciente” porque seu processo de transformação requer muita calma, habilidade manual e concentração e “digna das musas” porque se trata de um produto de rara beleza, elaborado com materiais que atravessam os séculos, despertando o sentido de eternidade que remete ao divino.

O mosaico é uma arte muito antiga,  e acredita-se que tenha sido originado  no Oriente.
Não há consenso quanto à data exata em que esta arte surgiu.  Alguns historiadores localizam os primórdios do mosaico no século  V a.c. ,  outros localizam o mosaico próximo ao  período de 3.000 a.c.  Escavações recentes na região de Israel trouxe à luz, pavimentos inteiros   revestidos de mosaico,  cuja data aproximada é de 3.800 a.c. Discussões à parte, chegamos à fantástica idade de  pelo menos  5.000 anos .
Palmas para o mosaico: uma das primeiras  manifestações artísticas do ser humano.

O primeiro exemplar que se tem notícia, está  em poder do British Museum de Londres, desde 1930, quando foi retirada da Mesopotâmia e sua  exposição atrai visitantes do mundo inteiro.
É conhecido como Estandarte Real de Ur.

Estandarte de Ur - Paz

Estandarte de Ur – Paz

Formado por peças trabalhadas em arenito vermelho, lápis lázuli, mármores e conchas, a obra retrata os guerreiros em marcha e depois o retorno com o botim, seguido de comemoração com banquete e acompanhamento musical.
Provavelmente é a primeira ilustração de ação bélica na história da humanidade.

Estandarte de Ur - War

Estandarte de Ur – War